terça-feira, 21 de maio de 2013

TRABALHO LEO FILHO DA PUTA



Paixões na adolescência
É muito conveniente o relacionamento entre moças e rapazes ao longo da adolescência. As diversas fases que descrevemos cumprem uma função necessária no desenvolvimento da amizade e na preparação do futuro amor. Por isso, os pais devem evitar preconceitos e atitudes de defesa prévia que dificultem o relacionamento normal entre moças e rapazes adolescentes.

O relacionamento nos grupos mistos fomenta o desenvolvimento da virilidade e da feminilidade e ajuda a conhecer as pessoas do outro sexo. Rapazes e moças aprendem a conviver e adquirem qualidades complementares.

Tudo isto não significa que a missão dos pais se reduza a permitir, sem nenhuma orientação e controle, o relacionamento do seu filho ou da sua filha com adolescentes do outro sexo. Acabamos de ver os riscos que existem nesse tipo de convivência. Esses riscos exigem um trabalho preventivo por parte da família e uma orientação dos filhos em cada situação concreta.

O trabalho preventivo deve começar muitos anos antes da adolescência, por meio de uma educação sexual progressiva e correta no âmbito familiar. Esta tarefa corresponde aos pais, por serem colaboradores diretos de Deus na origem da vida e por serem os primeiros e principais educadores.

 Os próprios filhos esperam que sejam eles quem lhes explique o mistério da vida. É extremamente necessário que os pais não cedam à moda atual que pretende eximi-los dessa responsabilidade com o pretexto de que não estão preparados. Nos casos - poucos - em que lhes possa faltar essa preparação, a atitude sensata e útil consiste em que os seus colaboradores (professores e tutores) os ajudem a adquiri-la, não que pretendam substituí-los.

Uma educação sexual correta não deve limitar-se a informar. É cada vez mais frequente que se ministre às crianças e adolescentes uma informação excessiva para a capacidade de compreensão de cada idade, e que por outro lado falte completamente o enfoque educativo. É preciso situar o biológico no contexto do amor espiritual, como algo que está a serviço da plenitude da pessoa e por isso faz parte dos planos de Deus. E ao mesmo tempo é preciso fortalecer o autodomínio, o respeito pelas pessoas do outro sexo e as virtudes do pudor e da castidade.

A educação sexual é apenas um dos aspectos da educação para o amor. Os filhos aceitam-na e entendem-na melhor quando se vive na família um clima de amor, em que o amor generoso e sacrificado dos esposos é um ponto de referência chave. Se ao longo da infância os filhos receberem essa ajuda para descobrirem a função do sexo dentro da realidade global da pessoa, o risco de padecerem de curiosidades doentias e de sentimentos de culpa injustificados quando chegar a puberdade será muito menor.

A educação progressiva da vontade, por meio da aquisição de todas as virtudes e especialmente, no nosso caso, das do pudor e da pureza, será um ponto de apoio muito importante para evitar as manifestações prematuras da sexualidade durante a adolescência.
Durante a etapa do "amor platônico", normalmente não surgem problemas nas relações menina-menino. Os pais, no entanto, deverão estar atentos à sua evolução, já que nunca se podem descartar dois possíveis riscos: o prolongamento dessa etapa e a sedução.

Quando o amor idealizado se prolonga para além da adolescência, transforma-se numa realidade anômala. É um problema que aparece com mais frequência entre as meninas, uma vez que nelas a imaginação tem um papel mais importante do que nos rapazes: "Muitas delas constroem um amante imaginário, um amante-ídolo, um amante-pretexto, com o qual se alienam numa "mitomania" amorosa que as impede de tomar conhecimento e estabelecer o contato concreto com os rapazes". Nestes casos, é urgente facilitar um relacionamento com os rapazes, para que não acabem por fugir à realidade do amor.

Há também o risco de que o adulto que é objeto da admiração romântica interprete mal essa atitude ou se aproveite dela. Neste caso, estamos diante do sério problema da sedução de uma menor.

Na etapa das turmas mistas, existe o risco de que a amizade grupal se transforme em amizade íntima, flerte ou namoro prematuro, como vimos. Nesta fase, deve-se propor aos filhos que continuem a sair em turma com os seus amigos e amigas. Não devem ignorar que a amizade íntima com uma pessoa do outro sexo é, na maioria dos casos, uma "passarela" que conduz ao amor, para o qual não estão preparados.
Se, apesar dos conselhos paternos, algum filho se vincula a uma pessoa do outro sexo, é preciso evitar, na minha opinião, a proibição taxativa de que saiam juntos. A experiência diz que, quando se dramatiza ou se proíbe este tipo de relação, a atração entre os dois adolescentes cresce como um incêndio avivado pelo vento. Pelo contrário, quando não há oposição frontal, o flerte ou o namoro prematuros costumam desaparecer em pouco tempo, como uma fogueira que se apaga por si.

O problema mais difícil surge, como é evidente, quando essa relação prematura permanece apesar da prudência dos país. Penso que nestes casos a única coisa que se pode fazer é rezar pelo filho, falar amigavelmente com ele e agir por vias indiretas, como a mudança de colégio. Mas se não houver amizade verdadeira entre os pais e os filhos, os conselhos e advertências serão inúteis e até contraproducentes.

Desenvolvimento
Adolescência é a fase que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
Adolescência e juventude são fenômenos de forte caracterização cultural e sua definição está intimamente ligada à transformação da compreensão do desenvolvimento humano e também à transformação da forma como cada geração adultase define a si própria.

A ideia de que a adolescência é uma fase qualitativamente diferente da infância e da idade adulta tem sua origem já na antiguidade. A base sócio-política dessa diferenciação só surgiu, no entanto, com a transformação das estruturas sociais ocorrida em fins do século XIX que permitiram que os jovens (adolescentes) fossem retirados do mercado de trabalho para frequentarem a escola e outras instituições educacionais. Ligados a essa ideia de adolescência como fase de formação para o trabalho foram propostos os termos "adolescência encurtada" e "adolescência estendida", que descrevem as diferentes oportunidades de formação e educação que têm pessoas que entram no mercado de trabalho mais cedo ou mais tarde - normalmente de acordo com a situação cultural e a possibilidade financeira da família.8 O aumento da complexidade das funções e papéis a serem exercidos na idade adulta levam a um aumento progressivo dessa fase de formação.

A fase da adolescência e da juventude são objeto de estudo das mais diferente disciplinas,  sociologia, política, psicologia, pedagogia, biologia, medicina, direito, etc. - e apresentam assim um grande número de diferentes significados. Tais significados abrangem por exemplo "juventude como fase do desenvolvimento individual", "juventude como ideal e mito" (com uma correspondente idealização dessa fase da vida) e "juventude como grupo social" que possui uma cultura própria.


Se, do ponto de vista da psicologia do desenvolvimento, o início da adolescência é claramente marcado pelo início do amadurecimento sexual (puberdade), o seu fim não se define apenas pelo desenvolvimento corporal, mas sobretudo pela maturidade social - que inclui, entre outras coisas, a entrada no mercado de trabalho e o assumir do papel social de adulto.
A adolescência não é, no entanto, uma fase homogênea. Pelo contrário, é uma fase dinâmica que, para o seu estudo, exige uma maior diferenciação. Steinberg propõe uma divisão em três fases: (1) Adolescência inicial, dos 11 aos 14 anos; (2) adolescência média, dos 15 aos 17 anos e (3) adolescência final, dos 18 aos 21. Essa última fase sobrepõe-se à "juventude" em sentido estrito, que marca o início da idade adulta, definida por Oerter e Montada como a fase entre os 18 e os 29 anos de idade.

Como se viu, as mudanças típicas da adolescência iniciam, em média, em uma idade específica. No entanto alguns adolescentes iniciam o seu amadurecimento mais cedo do que a média enquanto outros o fazem mais tarde. Dos primeiros se diz que seu amadurecimento é acelerado, enquanto o dos segundo é retardado. Importante é notar que tal comparação só pode ser feita em algumas situações, pois tais diferenças existem entre pessoas de diferentes raças e de diferentes gerações.
Em nenhuma outra fase da vida há uma variação tão grande entre pessoas da mesma idade como na adolescência. Essa situação é ainda mais confusa porque o desenvolvimento físico, o social e o cognitivo, não andam necessariamente juntos. O meio-ambiente, no entanto, reage de forma diferente, de acordo com o desenvolvimento visível da pessoa - meninos que parecem mais velhos tendem a ser tratados como mais velhos e vice-versa. Essa reação do meio ambiente influencia o desenvolvimento social e psicológico dos adolescentes de maneira marcante. Adolescentes com desenvolvimento retardado tendem a ser emocionalmente menos estáveis e menos satisfeitos; tendem a ter uma autoimagem mais negativa, a ser menos responsáveis e mais inseguros.

 Já os adolescentes com desenvolvimento acelerado têm um maior risco de terem problemas com drogas e com o comportamento social, provavelmente por terem acesso mais cedo a grupos mais velhos. Outros estudos registraram que rapazes com desenvolvimento acelerado apresentam algumas vantagens com relação a seus coetâneos: mesmo na idade de 38 anos eles se mostraram mais responsáveis, cooperativos, seguros, controlados e mais adaptados socialmente; ao mesmo tempo se mostraram mais convencionais, conformistas e com menos senso de humor; já os rapazes com desenvolvimento retardado mostraram-se, mesmo com 38 anos, mais impulsivos, instáveis emocionalmente, mas em compensação mais capazes de reconhecer seus erros, mais renovados e divertidos
 Também com relação ao desenvolvimento da identidade há diferenças entre rapazes com desenvolvimento acelerado e retardado. Como têm mais tempo para desenvolver seu conhecimento e suas estratégias de coping os rapazes com desenvolvimento retardado tendem a ter melhores possibilidades no desenvolvimento da própria identidade, enquanto os rapazes com desenvolvimento acelerado acabam sendo introduzidos mais cedo no muno adulto e acabam assumindo uma identidade mais próxima aos padrões socialmente estabelecidos.
 Já no caso das moças a situação é um pouco distinta. Moças com desenvolvimento acelerado tendem a ter uma autoestima mais baixa por crescerem mais rapidamente e assim não corresponderem ao ideal de beleza culturalmente estabelecido. Por outro lado moças com uma menarca muito tardia parecem também mostrarem uma tendência a terem uma autoestima mais baixa. Resumindo: aceleração e retardo no desenvolvimento são dois fenômenos que podem trazer consigo certos riscos para o desenvolvimento da pessoa. No entanto um trabalho de esclarecimento dos pais e dos adolescentes pode reduzir esses risco de maneira drástica, oferecendo aos adolescentes melhores condições de desenvolvimento.
Outro fenômeno muito discutido é o da chamada aceleração secular, ou seja, a tendência, nos países ocidentais, de a puberdade iniciar cada vez mais cedo. Em um estudo comparativo, Tanner mostra como desde 1840 a idade média da menarca caiu de 17 anos para 13,5 anos na Noruega, fenômeno observável também em outros países europeus e nos Estados Unidos. Os adolescentes atingem, assim, a maturidade corporal cada vez mais cedo. Por outro lado o início da idade adulta - entrada no mercado de trabalho e formação de uma família - tende a ocorrer cada vez mais tarde devido à longa formação necessária (escola, universidade). Essas duas tendências contrárias geram novas oportunidades mas também novos desafios - e estresse - para os adolescentes.

Os 10 Principais Problemas dos Adolescentes
Segue abaixo uma analise feita por Franklin Delano

Se você trabalha com adolescentes do ensino médio, provavelmente irá confrontar algumas questões muito difíceis: gravidez, uso de drogas, violência, sérios conflitos familiares e todos os tipos de crises. Se você trabalha com essa faixa etária, sabe também que, muitas vezes e com frequência, o pior problema que eles enfrentam é saber se as meias e os sapatos estão combinando. É sério!
Naturalmente, esta é uma verdade universal – alguns adolescentes já estão enfrentando essas questões. Felizmente, são raros os dados estatísticos que relatam meninas de 11 anos grávidas ou meninos nessa faixa etária usando cocaína.
Esses jovens estão no começo de sua trajetória e é por isso que amo o trabalho que realizo com eles por 15 anos. A maioria ainda não fez escolhas significativas que marcarão profundamente sua vida futura.
Cerca de dois anos atrás, decidi iniciar uma relação com os problemas mais comuns enfrentado por nosso ministério com esse grupo. A primeira descoberta: Uma adolescente irá ligar a qualquer hora, do dia ou da noite, para falar a respeito de suas espinhas. Aprendi também que a maioria deles parece passar por um ciclo de problemas previsíveis. Se o Antonio está tendo problemas no relacionamento com uma menina, provavelmente enfrentará o mesmo problema seis meses depois.
Na minha relação, inicio com as 10 lutas mais comuns por eles enfrentadas. Incluí com cada luta uma sugestão de como tratá-la, extraída de nossos esforços algumas vezes bem-sucedidos.
1. Falta de Amigos – Facilmente, este é o problema número 1 enfrentado pelos adolescentes. Alguns deles têm tantos amigos que me pergunto como têm tempo para todas as mensagens que recebem. Mas muitos são solitários, e têm muito tempo para se questionar se alguém fará amizade com eles. Se o chamarão para participar dos jogos.

A maioria dos adolescentes simplesmente deseja ter um amigo. Você e os líderes adultos podem fazer isso. Mas deixe sua dignidade à porta. Você terá de fazer coisas que os jovens gostam, mesmo que isso signifique fazer guerra com pistola de água no parque local. Compareça aos eventos esportivos.
 Descubra seus hobbies e interesses, então lhes peça informação a respeito. Não tenha vergonha de convidá-los a participarem de seu mundo – se você pratica algum esporte, convide os jovens para jogarem juntos. Se você gosta de andar de bicicleta, organize um grupo para um passeio.
Ajude-os a encontrar outros jovens com os mesmos interesses. Veja que nenhum jovem fique sozinho na igreja. Busque fazer ligações entre eles.
2. Questões Sobre Sexo – A maioria dos adolescentes não é obcecada por sexo. Antes estão interessados em quem “gosta” de quem. Passam por paixões passageiras e não vão além disso. Mesmo que estejam pensando em pôr em prática seus impulsos, a maioria não o faz.

Nossa função não é desestimular a promiscuidade sexual ou mesmo falar muito a respeito dos desejos ardentes ou das tentações, mas incentivar amizades saudáveis entre os sexos. Os rapazes precisam aprender a não serem egoístas, a serem menos dominadores e a serem mais atenciosos. As meninas precisam aprender a como respeitar os rapazes, mais do que já o fazem (isto inclui a escolha da roupa) e a restringir suas difamações e fofocas destrutivas. Enfatize o que fazer nos relacionamentos, em vez do que não fazer.
3. Problemas com os Pais – Para alguns adolescentes o controle dos pais é uma grande preocupação. Alguns deles sentem que cada passo que dão é observado e condenado. Como pai, sei o que é controle excessivo. Estou convencido de que isso é prejudicial. Estou tentando aprender a como incentivar o bom comportamento e a como criar menos normas e regulamentos com meus filhos.

Permita que a liberdade reine em seu ministério. Quero dizer, dê liberdade para que eles sejam o que são – criativos, divertidos, sinceros na expressão de seus verdadeiros desejos a pessoas em quem podem confiar. Os adolescentes sob seus cuidados não necessitam de outro pai/mãe, ainda que pareçam que sim.
4. Pressões na Escola – O maior fator de estresse para os adolescentes é seu desempenho na escola. De acordo com a pesquisa do About.com,com mais de 6 mil adolescentes, “a pressão acadêmica” de longe é a maior fonte de estresse – mais de 4 em 10 adolescentes (43%) relataram isso.

Os relacionamentos com os colegas, ocasionalmente, leva-os a não dormirem à noite preocupados a respeito de que os amigos podem não mais gostar deles. A escola é um contínuo sugador emocional. Notas baixas levam a mais pressões do grupo e de sexo, a maior frustração com os pais e a mais ansiedade quanto a seu desempenho futuro. Isto é uma constante, pelo menos até o final do ano escolar.
Nossa função é compreender esses fatores estressantes e criar um espaço seguro para que sejam adolescentes. Isto se aplica especialmente aos líderes de jovens, que muitas vezes necessitam de maior liberdade para lidar com esse grupo. Uma mudança súbita no desempenho escolar é talvez o melhor sinal de que alguma coisa não está bem em sua vida - normalmente algo que está ocorrendo no lar.
5. Questões Quanto à Aparência – Os adolescentes passam por mudanças radicais em sua aparência. Embora internamente estejam mudando tão rapidamente quanto a sua “aparência”, isso os afeta mais porque é o que todos notam primeiro. Em nossos eventos, sempre fico surpreendido ao ver que os adolescentes estão constantemente alisando a camiseta ou tocando seus cabelos. É como uma convenção pessoal de arrumar-se.

Descobri que o melhor a fazer é consistentemente cumprimentá-los por sua aparência. Bem, esse tipo de comportamento não é incentivado no mundo profissional regular, mas os adolescentes necessitam desse estímulo. Seja específico – na verdade, quanto mais específico, melhor. Por exemplo, “Gostei do novo visual de seu cabelo” ou “Que tênis legal!” ou “Na sua idade eu tinha sardas – minha esposa diz que as ama”, ou “Eu o vi tocando violão, você toca muito bem”. Suas palavras têm muito peso para eles. Se você não disser isso, talvez ninguém mais o fará.
6. Ataques Verbais – Seu incentivo consistente e enfocado é vital por outros motivos também. O ar que os adolescentes respiram é saturado de palavras depreciativas, de apelidos e de palavras ferinas. Caso tenham preocupação quanto à aparência, podem encontrar muitos perseguidores que irão convencê-los nesse sentido. Já vi adolescentes zombarem de outro devido aos cabelos enrolados, e por aí vai.

Somos chamados a neutralizar esses ataques verbais com afirmações que falem de sua beleza interior. Pense em si mesmo como um Sherlock Holmes buscando evidência de que os adolescentes aos seus cuidados refletem a glória de Deus. Especificamente, busque e confirme neles os frutos do Espírito, conforme Gálatas 5:22: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
7. Há Algo Especial em Mim? – Alguns adolescentes ainda não descobriram um talento ou certos esportes ou instrumento musical, ou são desajeitados e sem graça, ou talvez não se saiam tão bem quanto os colegas em determinadas matérias na escola. Todo adolescente possui talentos – alguns simplesmente têm maior facilidade para descobri-los. Nossa função é ir a fundo com os adolescentes para descobrir quais são eles.

Sempre lhes pergunto o que gostariam de ser quando concluírem os estudos, em grande parte porque isso revela o que eles são e o que desejam ser. Uso as respostas como portas de acesso para seu mundo secreto, onde Deus lentamente está revelando suas tendências.
 Quando um deles diz: “Não faço a menor idéia”, fico um pouco preocupado visto que a maioria dos adolescentes gosta de falar a respeito de seus planos futuros e já têm boa noção do que apreciam ou não. Para esses tipos, sigo perguntando: “O que você dizia que gostaria de ser quando era criança?” ou “Quais são algumas das profissões ou estilos de vida que você respeito e admira?” ou “O que outra pessoa disse a seu respeito e que o fez se sentir bem?”
8. Problemas com a Culpa e a Vergonha – Muitos adolescentes não sabem como lidar com as consequências de seus pecados e algumas vezes praticam formas prejudiciais de arrependimento com base nas obras. É crucial que aprendam que o único “pagamento” aceitável por seus pecados é o sacrifício de Jesus na cruz, e que é exatamente o local aonde devem levar sua culpa ou vergonha.

 Ajude os adolescentes a compreenderem a diferença entre esquecer e perdoar, e mostre-lhes como confiar em Cristo para obterem o livramento.
9. Falta de Energia – Alguns adolescentes simplesmente ficam cansados com frequência.

 É claro, provavelmente você também tem um grande contingente de chimpanzés. Se ficar atento, verá que há mais de um indolente. Conheço alguns adolescentes que ainda têm de tirar uma soneca à tarde – de verdade!
Assim sendo, reconheça a necessidade que têm de descansar. Estruture seus eventos e as reuniões semanais regulares com vistas a incluir intervalos, momentos de tranquilidade ou mesmo de silêncio. Os adolescentes necessitam de mais tempo para fazer a digestão (tanto o alimento que ingerem quanto a sua mensagem) e de mais repouso do que os mais velhos.

10. Problemas? Que Problemas? Alguns adolescentes têm de lutar com um “desafio” estranho – não têm problemas tão graves que mereçam a sua atenção. Muitos deles têm problemas que vêm e vão num piscar de olhos. Ignore 99% desses problemas – poupe seu tempo e energia para o que realmente é sério. Isso significa não ser tão pronto para tentar ajudá-los. Dê-lhes a oportunidade de vencerem suas pequenas questões sem qualquer intervenção adulta.

Testemunho real:

Marina, 16 anos, passa horas deitada no seu quarto; luzes apagadas e músicas tristes dominando o ambiente. Este poderia ser um simples comportamento desta “fase adolescente”, mas se observarmos mais atentamente percebemos que este comportamento é frequente, ela não aceita os poucos convites para sair com os amigos, tira notas fracas na escola, não tem a melhor das relações com a família e tem dificuldades em dormir. Ela mesma não consegue entender o que passa com ela e pergunta-se: 

“Será que isso é só uma fase?” “Sinto-me doente e não sei o que fazer nem com quem falar”. Os seus pais recriminam o seu comportamento e fazem comentários que em nada ajudam, ao contrário abalam mais a sua auto estima:
“Sai desse quarto e vai respirar ar puro!”; “Com a tua idade eu já trabalhava, ainda por cima não faz nada e mal vai às aulas!”;  “Tu não gostas de fazer nada nem de ninguém mesmo! Nem sei com quem você!”; “Você esta muito triste, levanta esse ânimo, você nem tem idade para ficar triste!”. 


  A depressão não é somente uma tristeza. Depressão é o nome que é dado a certos estados de sofrimento psíquico que podem causar transtorno no comportamento, na afetividade e nos relacionamentos sociais e familiares. A depressão é sempre um problema difícil para se enfrentar e pode tornar-se ainda mais assustador quando ocorre na adolescência, uma fase da vida que só por si repleta de mudanças e de stress. Na maioria das vezes os adolescentes não conseguem a tempestade de sentimentos que afloram e nem mesmo conversar sobre a sua depressão por não encontrar um ouvinte que os compreenda.

  As dificuldades na escola, o problema do relacionamento com os colegas, aumento da irritabilidade e agressão e tentativas de suicídio podem estar associados com a depressão em adolescentes. Uma pesquisa recente revela que adolescentes que fumam tem mais tendência de desenvolver sintomas depressivos do que os não fumadores. Aqueles adolescentes que já tinham sintomas de depressão apresentam duas vezes maior chance de se tornarem fumadores, o que fez dos autores da pesquisa sinalizar a importância de providenciar orientação para o não uso do tabaco e estímulo para que aquele que fumam que o deixem de fazer.

  Os chamados transtornos de humor, nos quais está incluída a depressão, fazem parte de um dos grupos de doenças com menor chance de serem diagnosticadas em crianças e adolescentes: eles têm dificuldade de para exprimirem aquilo que sentem, os sintomas são diferentes em adultos e adolescentes e a maioria das pessoas e muitos profissionais pensam que a depressão é uma doença de adultos. Os dados mostram que 7% a 14% das crianças viveram um episódio depressivo sério antes de 15 anos e 20% a 30% de pacientes adultos relataram que o seu primeiro episódio depressivo aconteceu antes dos 20 anos.

  Vale a pena entender o adolescente e prestar atenção ao seu comportamento, além de nos lembrarmos de que a orientação, supervisão e diálogo são sempre importantes.